"SE SOUBERMOS O QUE SENTIMOS, JÁ TEREMOS MEIO CAMINHO ANDADO".

"Alice no país das maravilhas"

Alice , perdida na floresta , vira-se para o gato invisível e pergunta : "Você pode me ajudar ? " Ele responde : "Claro" . Ela fala : "Para onde vai esta estrada ?" O gato diz : "Para onde você quer ir ?" Alice responde : "Não sei . Estou perdida." Então o gato conclui : "Para quem não sabe para onde vai , qualquer caminho serve."

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Nem tudo se pode ver, ouvir ou dizer ...

Para viver bem, nem tudo nós podemos ver, escutar ou dizer.
Isso é representado, desde a Antiguidade, pelos três macacos da sabedoria.
Cada um cobre uma parte diferente do rosto com as mãos.
O primeiro cobre os olhos, o segundo as orelhas e o terceiro a boca.
A representação é originária da China. Foi introduzida no Japão, no século VIII, por um monge budista.
E mais tarde foi adotada por Gandhi, que levava consigo os três macaquinhos, o cego, o surdo e o mudo - Mizaru, Kikazaru e Iwazaru.
Eles ensinam a não enxergar tudo o que vemos, não escutar tudo o que ouvimos e não dizer tudo o que sabemos. Em outras palavras, ensinam a selecionar e a conter-se.
Isso é decisivo para uma atitude construtiva, mas não é fácil.
Seleção e contenção tornam a existência mais fácil, lembrando que, desde que não sejam um efeito de repressão, e sim do desejo da pessoa. Um desejo vital de se opor às forças do inconsciente que podem nos fazer mal.

(Revista Veja - 12/01/11 - Betty Milan)

Na maioria das vezes assim sou eu , "não vejo, não ouço e não falo", por isso quando li estas palavras da Psicanalista Betty Milan , não pude deixar de reproduzi-las (resumidamente).
Já ouvi elogios por me comportar desta maneira , mas também críticas ...
Não sou assim por repressão ou omissão!
Tenho convicção que este é um comportamento positivo, construtivo e vital, que nos afasta de situações e pessoas que podem nos fazer mal.