"SE SOUBERMOS O QUE SENTIMOS, JÁ TEREMOS MEIO CAMINHO ANDADO".

"Alice no país das maravilhas"

Alice , perdida na floresta , vira-se para o gato invisível e pergunta : "Você pode me ajudar ? " Ele responde : "Claro" . Ela fala : "Para onde vai esta estrada ?" O gato diz : "Para onde você quer ir ?" Alice responde : "Não sei . Estou perdida." Então o gato conclui : "Para quem não sabe para onde vai , qualquer caminho serve."

sábado, 30 de abril de 2011

"Canção dos homens" e "Canção das mulheres" ...

Os dois textos abaixo são de Lya Luft, escritora "iluminada" que admiro, adoro ler seus escritos, crônicas, poemas, contos e tudo mais que vem dela.
Se lermos com atenção as duas "canções", se pararmos um tempo para refletirmos sobre o nosso dia a dia, como esposa ou como marido,como companheiros de vida, "nos encontraremos ali" em algumas ou várias linhas.
Leiam, reflitam sobre seu relacionamento, casamento...
E sejamos assim menos complicados, mais simplificados, enfim ... Mais felizes!
Sempre com ternura e alegria! Sempre!

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Canção dos homens ...

Que quando chego do trabalho ela largue por um instante o que estiver fazendo
- filho, panela ou computador - e venha me dar um beijo como os de antigamente.

Que quando nos sentarmos à mesa para jantar
ela não desfie a ladainha dos seus dissabores domésticos.

E se for uma profissional, que divida comigo o tempo de comentarmos nosso dia.

Que se estou cansado demais para fazer amor,
ela não ironize nem diga que "até que durou muito" o meu desejo ou potência.

Que quando quero fazer amor ela não se recuse demasiadas vezes, nem fique impaciente ou rígida, mas cálida como foi anos atrás.

Que não tire nosso bebê dos meus braços dizendo que homem não tem jeito pra isso, ou que não sei segurar a cabecinha dele, mas me ensine docemente se eu não souber.

Que ela nunca se interponha entre mim e as crianças, mas sirva de ponte entre nós quando me distancio ou me distraio demais.

Que ela não me humilhe porque estou ficando calvo ou barrigudo, nem comente nossas intimidades com as amigas, como tantas mulheres fazem.

Que quando conto uma piada para ela ou na frente de outros, ela não faça um gesto de enfado dizendo "Essa você já me contou umas mil vezes".

Que ela consiga perceber quando estou preocupado com trabalho, e seja calmamente carinhosa, sem me pressionar para relatar tudo, nem suspeitar de que já não gosto dela.

Que quando preciso ficar um pouco quieto ela não insista o tempo todo para que eu fale ou a escute, como se silêncio fosse falta de amor.

Que quando estou com pouco dinheiro ela não me acuse de ter desperdiçado com bobagens em lugar de prover minha família.

Que quando eu saio para o trabalho de manhã ela se despeça com alegria, sabendo que mesmo de longe eu continuo pensando nela.

Que quando estou trabalhando ela não telefone a toda hora para cobrar alguma coisa que esqueci de fazer ou não tive tempo.

Que não se insinue com minha secretária ou colega para descobrir se tenho amante.

Que com ela eu também possa ter momentos de fraqueza e de ternura, me desarmar, me desnudar de alma, sem medo de ser criticado ou censurado: que ela seja minha parceira, não minha dependente nem meu juiz.

Que cuide um pouco de mim como minha mulher, mas não como se eu fosse uma criança tola e ela a mãe, a mãe onipotente, que não me transforme em filho.

Que mesmo com o tempo, os trabalhos, os sofrimentos e o peso do cotidiano, ela não perca o jeito terno e divertido que tanto me encantou quando a vi pela primeira vez.

Que eu não sinta que me tornei desinteressante ou banal para ela, como se só os filhos e as vizinhas merecessem sua atenção e alegria.

E que se erro, falho, esqueço, me distancio, me fecho demais, ou a machuco consciente ou inconscientemente,

Ela saiba me chamar de volta com aquela ternura que só nela eu descobri, e desejei que não se perdesse nunca, mas me contagiasse e me tornasse mais feliz, menos solitário, e muito mais humano.

Lya Luft

Canção das mulheres ...

Que o outro saiba quando estou com medo, e me tome nos braços sem fazer perguntas demais.

Que o outro note quando preciso de silêncio e não vá embora batendo a porta, mas entenda que não o amarei menos porque estou quieta.

Que o outro aceite que me preocupo com ele e não se irrite com minha solicitude, e se ela for excessiva saiba me dizer isso com delicadeza ou bom humor.

Que o outro perceba minha fragilidade e não ria de mim, nem se aproveite disso.

Que se eu faço uma bobagem o outro goste um pouco mais de mim, porque também preciso poder fazer tolices tantas vezes.

Que se estou apenas cansada o outro não pense logo que estou nervosa, ou doente, ou agressiva, nem diga que reclamo demais.

Que o outro sinta quanto me dóia idéia da perda, e ouse ficar comigo um pouco - em lugar de voltar logo à sua vida.

Que se estou numa fase ruim o outro seja meu cúmplice, mas sem fazer alarde nem dizendo ''Olha que estou tendo muita paciência com você!''

Que quando sem querer eu digo uma coisa bem inadequada diante de mais pessoas, o outro não me exponha nem me ridicularize.

Que se eventualmente perco a paciência, perco a graça e perco a compostura, o outro ainda assim me ache linda e me admire.

Que o outro não me considere sempre disponível, sempre necessariamente compreensiva, mas me aceite quando não estou podendo ser nada disso.

Que, finalmente, o outro entenda que mesmo se às vezes me esforço, não sou, nem devo ser, a mulher-maravilha, mas apenas uma pessoa: vulnerável e forte, incapaz e gloriosa, assustada e audaciosa - uma mulher.

Lya Luft
"O senhor… mire, veja: o mais importante e bonito, do mundo, é isto: que as pessoas não estão sempre iguais, ainda não foram terminadas - mas que elas vão sempre mudando. Afinam ou desafinam, verdade maior. É o que a vida me ensinou. Isso que me alegra montão".

João Guimarães Rosa

terça-feira, 5 de abril de 2011

Sou uma eterna apaixonada ...

Sou uma eterna apaixonada...
Assim como uma menina com o seu primeiro namorado...
Tenho até que me controlar às vezes para evitar o comportamento de “uma eterna adolescente” em alguns lugares...
Quando somos adolescentes temos um comportamento tão livre, tão sem preconceitos, tão “sem vergonha”...
Reparem nos casais (jovens... rsrsrs) de namorados?
Estão sempre bem pertinho, se tocando, se acariciando, se beijando...
Fazem questão da companhia um do outro, fazem loucuras para se encontrarem, matam aulas (eu nunca fiz isso, de verdade), cancelam compromissos importantes, planejam encontros secretos...
O coração pulsa fortemente!
Falta o ar!
O sono vai embora!
Contam os minutos para estarem juntos!
Namoram no carro!
Vêem o sol nascer bem juntinhos!
Colocam-se bonitos e perfumados um para o outro!
Porém tenho observado a minha volta, que com o tempo, os casais vão perdendo este comportamento, esta “loucura deliciosa”...
Vou a festas, jantares, reuniões sociais em geral, e me pego observando aos casais...
Os namorados jovens sempre tão pertinho...
Os casais “não tão jovens” (rsrsrs) sempre bem “longinho”...
O rapaz jovem está sempre de certa forma protegendo, servindo ou acariciando a sua companheira, com um abraço, de mãos dadas, com algum “toque” para mostrar que está ali...
A namorada está sempre retribuindo o carinho...
Um pertence ao outro... Trocam olhares profundos!
É uma delícia de ver...
Ahhhh... E os casais “maduros”?
Sempre distantes, parece que somente chegam e vão embora juntos!
Cada um em um mundo diferente, cada um com seus amigos, seus assuntos...
Carinho, abraço, beijo, gentileza... Nem pensar!
Muito pelo contrário, parece que não querem nem se comprometer...
Eu acho que não sou assim... Não, eu não sou assim!
Conservo o mesmo amor, a mesma paixão, a mesma vontade, o mesmo desejo...
Outros casais deviam também observar a sua volta, deviam se lembrar de como eram, aliás, não deveriam nunca se esquecer de como eram!
A vida de um casal não pode perder a alegria, a emoção, a vontade, o desejo, o cuidado de uma para com o outro...
Ta certo... Crescemos, não podemos mais ter alguns comportamentos em público... Ta certo!
Mas a proximidade, o carinho, a atenção, a gentileza, um “charminho”, nunca podem faltar...
Um beijo roubado, um “cochicho” no ouvido, um elogio...
São comportamentos mágicos!
Comportamentos que alimentam o amor, o casamento, a vida!
Procuremos não nos esquecer de como éramos quando jovens, de como era gostoso estarmos juntos, de como a vida era sem graça sem a companhia do outro, dos beijos apaixonados, das “palavras provocantes”, dos “carinhos arteiros”...
A “chama” tem que manter-se “acesa”!
E então eu, ao observar aos casais “não tão jovens” a cada vez que saio, tenho a certeza de que não quero essa “coisa” para mim não!
Quero amor, paixão, emoção, vida!
Beijossss... Reflitam... E sejam felizes!
E é o seguinte: nós envelhecemos sim, mas o amor e o casamento não precisam envelhecer juntos!
Concordam?