"SE SOUBERMOS O QUE SENTIMOS, JÁ TEREMOS MEIO CAMINHO ANDADO".

"Alice no país das maravilhas"

Alice , perdida na floresta , vira-se para o gato invisível e pergunta : "Você pode me ajudar ? " Ele responde : "Claro" . Ela fala : "Para onde vai esta estrada ?" O gato diz : "Para onde você quer ir ?" Alice responde : "Não sei . Estou perdida." Então o gato conclui : "Para quem não sabe para onde vai , qualquer caminho serve."

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Elogiar, surpreender, agradecer, dialogar e autodialogar...

O poder do elogio pode ser mais forte do que o das armas, mais poderoso que o dinheiro, mais penetrante que a lâmina de um bisturi. Os elogios desfizeram inimigos, debelaram ódios, evitaram suicídios, reataram relações.
Os elogios deveriam entrar no cardápio diário de suas existências.
Quem você elogiou hoje? E como elogiou?
Elogiar é encorajar a caminhada, é propiciar força nas intempéries, coragem nos tropeços e crédito na superação.

Quer fazer a diferença na vida de quem ama? Saia do lugar comum. Reaja de maneira imprevisível, diga algo encantador num dia comum.
A arte de surpreender é mais poderosa do que a arte de elogiar.
Elogiar é ter atitudes previsíveis, surpreender é ter atitudes imprevisíveis.
Surpreender é exaltar o invisível.
A durabilidade do amor depende da arte de elogiar e surpreender.
Gestos surpreendentes tornam-se inesquecíveis, ficam à flor da memória.

A arte de agradecer e a arte de elogiar são as duas leis das relações saudáveis mais acessíveis a cada ser humano.
A arte de agradecer previne psicopatias, realça a sensibilidade, estimula a arte de se colocar no lugar dos outros e alicerça a generosidade.
Mas quem agradece ao seu corpo? Quem exalta o funcionamento das células? Quem agradece ao ar que respira, ao coração que pulsa, ao fígado que desintoxica, aos rins que filtram?
Quem não desenvolve a arte de agradecer não se deslumbra com a existência.
A arte de agradecer transforma quadros apagados em obras vivas, relações frias em quentes, convivência seca em terrenos úmidos.

A arte do diálogo é outra lei fundamental das relações saudáveis.
Dialogar não é conversar, falar coisas triviais, emitir sons. Dialogar é cruzar mundos, penetrar na intimidade, segredar experiências.
Você cruza o mundo com quem ama?
Dialogar implica, em primeiro lugar, ouvir.
Quem não aprender a ouvir jamais saberá dialogar. E ouvir não é escutar.
Ouvir é se abrir, colocar-se no lugar do outro, perceber o intangível, o essencial. É acima de tudo conhecer o que o outro tem para dizer e não o queremos escutar. Muitos conversam, mas jamais dialogam.
Habilidade para perguntar: “O que eu posso fazer para te tornar mais feliz? Onde errei e não soube? Quais são suas angústias? Quais preocupações furtam-lhe a paz?”
Diálogos simples e abertos irrigam a esperança, aliviam a dor, promovem o amor.

A arte de autodialogar desvenda o nosso mundo, é o autoconhecimento.
O autodiálogo é a rainha das leis das relações saudáveis, mas a menos conhecida.
A arte de autodialogar é uma função para se conhecer a si mesmo.
“Se o mundo lhe abandona, a solidão é tolerável, mas se você mesmo se abandona, a solidão é insuportável”.
Deveríamos treinar a fazer uma mesa-redonda com nossos conflitos através da arte da dúvida e da autocrítica. É tão importante como escovar os dentes e tomar banho.
Brigar, impor idéias, nem de longe significa ter um EU forte. Falar o que vem a mente, dizer sempre a verdade, nem sempre é a expressão de um EU maduro, mas que não tem autocontrole.
Um EU maduro aprende o alfabeto do autodiálogo, que conversa consigo, aquieta sua ansiedade, protege-se contra o estresse diário, repensa sua história, transforma perdas em ganhos, crises em oportunidades.
Não basta ter uma moradia digna para ter conforto, é preciso encontrar o mais importante dos endereços, um endereço dentro de si mesma.

(Das minhas leituras de Augusto Cury)